Para muitos casais, ter um filho é um sonho – um sonho que infelizmente pode não se concretizar por conta da infertilidade, uma característica muito mais comum do que se imagina: segundo a OMS, são cerca de 60 milhões de casais inférteis no mundo todo. No Brasil, cerca de 8 milhões de adultos podem ser inférteis.
A boa notícia é que, com o avanço tecnológico e científico significativo da medicina reprodutiva nas últimas décadas, a infertilidade em muitos casos é só uma questão de tratamento.
E para fazer esse tratamento é preciso entender a infertilidade, investigá-la e fazer o diagnóstico correto. Por isso, compartilhamos mais detalhes sobre a infertilidade, as causas e como buscar o diagnóstico correto – tanto em homens quanto em mulheres.
A infertilidade é definida por não conseguir engravidar naturalmente mesmo após 12 meses de relações sexuais regulares, sem o uso de contraceptivos, em especial no período fértil, para o caso de mulheres até 35 anos. Para mulheres acima dessa faixa etária, depois de 6 meses de tentativas, já se considera a possibilidade de infertilidade e a necessidade de uma investigação mais apurada com exames.
É importante ressaltar que a infertilidade, na maioria dos casos, já é reversível através de tratamentos e acompanhamento médico – tanto para mulheres quanto para homens.
Esqueça aquela ideia de que mulheres têm mais chances de serem inférteis que homens por conta da idade ou algum outro mito do tipo. Segundo a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), as probabilidades de infertilidade são as mesmas para homens e mulheres: cerca de 35%. Isso quando não são ambos os parceiros inférteis (20%) ou os 10% dos casos que permanecem sem uma causa clínica evidente.
Para os homens, algumas das principais causas da infertilidade são:
Os últimos cinco fatores citados para os homens são causas da infertilidade também para as mulheres. Além disso, as mulheres enfrentam outras causas comuns:
O diagnóstico de infertilidade é feito de formas diferentes em mulheres e homens. No caso dos homens, a principal forma de avaliar a fertilidade é fazer uma análise da produção dos espermatozóides por meio de um espermograma que avalia o volume do sêmen; o número, concentração, movimentação (motilidade) e a forma (morfologia) dos espermatozóides; e também se há algum tipo de inflamação nos testículos.
Já para as mulheres, o diagnóstico pode acontecer por meio de uma avaliação aprofundada da ovulação, analisando o histórico menstrual e dosagens de hormônios; um estudo das tubas com histerossalpingografia; uma avaliação do útero com uma ultrassonografia transvaginal; a ressonância magnética pélvica, em alguns casos; e exames de sangue. Existem outros exames para doenças específicas como a endometriose, por exemplo.
O tratamento para infertilidade varia conforme a causa e qual pessoa do casal está infértil. Em alguns casos, somente um dos parceiros do casal precisa realizar um tratamento, em outros, os dois parceiros precisam se tratar. Também há situações em que um deles precisa de tratamento específico e o outro pode fazer alguma alteração em sua rotina – mudar hábitos alimentares, não consumir álcool ou drogas, por exemplo – para que as chances de gravidez aumentem.
O tratamento mais comum de todos é o uso de medicamentos para regular o funcionamento dos hormônios – em especial no caso da infertilidade feminina. No entanto, há também o método de fertilização in vitro (FIV), que vem sendo bastante usado por diversos casais para realizar o sonho de ter um filho.
Essas são algumas das possibilidades de tratamento. Com um médico ou médica especialista fazendo o acompanhamento do casal, é possível identificar corretamente as causas da infertilidade e usar as técnicas médicas mais modernas para conseguir o objetivo de engravidar.
Agora que você leu este artigo e já tem informações sobre as principais causas da infertilidade tanto para homens quanto para mulheres, fica o convite para conhecer um pouco mais da história e do trabalho da Dra. Thais Vitti como médica especialista em reprodução humana.
A Dra. Thais Vitti é associada a diversas entidades brasileiras de Reprodução Humana, além de Docente da Faculdade de Medicina FACERES em São José do Rio Preto. Conheça um pouco mais sobre a história dela aqui.